Minha vida escolar
Vou relatar um pouco do meu processo de
alfabetização, relembrar como tudo aconteceu será fascinante, pois envolverá
saudade emoções, momentos bons e ruins, mas com certeza será fantástico. Minha
vida na escola teve início aos 6 anos de idade, onde estudei em uma escola rural de sala multiseriadas
estudei nessa escola por seis meses, depois fui morar na zona
urbana e dei continuidade na Escola Lelvícia Andrade, que tive uma professora por nome de
Isabel, lembro-me pouco dela mas uma coisa não esqueci: ela era muito carinhosa
era muito bonita, e a sala era perfeita feita para os pequenininhos, cadeiras e
mesas pequena sala era toda enfeitada com letras coladas na parede, fazíamos
atividades de pintar catávamos musiquinhas, lembro também de uma vez que pintei
um soldadinho e do chapéu de papel também
que eu usei no dia do soldado; mas infelizmente tinha uma coisa que me
entristecia tinha duas meninas mais velhas que eu e todos os dias me esperavam
no caminho de casa e me batiam, mas graças a Deu mudados da cidade e fomos
morar em São Paulo e lá não conseguimos achar vagas, pois já estava quase no
fim do ano, e no ano seguinte continuei os estudos porem não me recordo quase
nada à única coisa que lembro era da hora do lanche que que era servida uma
sopa gostosa.
Minha mãe ficou gravida e tivemos que
voltar para a Bahia onde agora sim me recordo dessa fase importante em minha vida,
ao retornar comecei a estudar em uma escola perto de casa, o nome da minha
professora era Almira “pró Mira”, ela era um pouco severa e autoritária como já
estava perto de se aposentar talvez sua paciência já estivesse esgotado. Lembro
também dos seus métodos de nos ensinar com a cartilha, ditado de palavras, cópias
de textos ela chegava a usar palmatória no momento de tomar a tabuada, e eu
sempre levava bolos pois não era muito boa em matemática.
Lembro-me da minha dificuldade de
conseguir juntar as sílabas para formar as palavras eu achava que nunca iria
conseguir, até que um dia eu estava em uma praça e li a palavra “ovo” com
dificuldade pense numa emoção que sentir, e depois daí todas as palavras que
apareciam eu queria ler, minha mãe conta que ela não aguentava mais, pois
sempre queria sair com ela para ler o nome de todas os estabelecimentos
comerciais, queria mostrar que já sabia ler.
Tem um fato engraçado acho que comecei a
ler de verdade quando estava aprendendo a letra V, pois eu gostava de usar
batom vermelho que meu pai me deu, só que na minha cartilha tinha a historinha
da vaca viúva que no desenho do livro ela usava um batom vermelho, como eu
ficava sempre lendo a historinha, e todas as vezes que eu passava o batom minha
mãe e meus irmãos me chamavam de vaca viúva, aliás, até hoje me chamam assim,
Só lembro que a partir daí comecei a ler e escrever, lembro de como era fascinante
conseguir desvendar as palavras, e querer ser a primeira a terminar os ditados,
treinaava até cansar o texto que seria lido no dia seguinte para ouvir a
professora dizer: “muito bem já está lendo direitinho!” Ufa!!foi difícil mas conseguir.
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